segunda-feira, 18 de abril de 2022

As prateleiras e categorias que solucionam problemas e polêmicas na unificação do Brasileirão

O futebol brasileiro possui uma história vitoriosa, rica e mais que centenária, porém, também repleta de muita confusão, regionalização e ações que galgaram para que pudéssemos chegar a padrões mais idealizados, justos e organizados como os dos tempos atuais. Com status de campeão brasileiro de forma oficial, o Atlético-MG tornou-se pioneiro, ao vencer a primeira edição do que chamamos de Brasileirão, lá em 1971. Antes disso, tivemos competições nacionalizadas e regionalizadas com status, técnica, intenções e até sucesso para apontar o campeão do Brasil. Entre 1920 e 1970, houveram competições, comandadas por CBD, FBF, FPF e FFD, algumas oficiais desde o principio, outras não, assim como algumas unificadas ao Brasileirão, outras não, chegando até a entrar no radar das unificações, mas até aqui, só a Taça Brasil e a Taça de Prata, ou simplesmente Robertão, foram consideradas como Campeonatos Brasileiro, no polêmico 2010, abrindo margem para discursões e novas possibilidades.

Reunião entre os campeões da Taça Brasil e Robertão em pró das unificações em 2010
Foto: reprodução/globoesporte.com

Entre tantos argumentos que defendem a tese, estão que os torneios foram primordiais para a criação do Campeonato Brasileiro, que eram torneios de âmbitos nacionais ou que tinham o intuito de desenvolver a nacionalização do mapa do futebol, que eram torneios criados com a finalidade de dar o título e status de campeão do Brasil e outros demais fatores, muitas vezes com certa razão, até por quê, o futebol não começou em 1971, muito menos o futebol de abrangência nacional, porém, a CBF em 2010 poderia criar uma ação bem mais organizada e justa, justa pelo e para o ontem e o hoje, sem banalizar termos e status, sem aumentar e diminuir conquistas. A entidade deveria criar uma parede chamada 'Competição Nacional de Primeiro Escalão da Elite' e nela adicionar prateleiras, de forma cronológica e com categorizações, ajudando a definir pesos e contar a história do futebol nacional como ela foi e não como alguns querem que seja.

De fato, houve muitos projetos de torneios com o intuito de ser criado ligas e competições nacionais, visto que ao redor do mundo e inclusive do continente já haviam campeonatos nacionais sendo disputados a décadas. Muitos torneios do Brasil não eram nacionais de acordo com o mapa da República Federativa do Brasil, mas eram "nacionais" dentro do contexto do futebol, das filiações junto a federações, do profissionalismo, da realidade logística e financeira e demais pontos que pertencem aos cenários do passado, que por sinal, não podem ser pensados com a cabeça do presente. A Taça Brasil foi um torneio de âmbito nacional, que mesmo com um formato contestado, principalmente pela mídia do sul-sudeste, respeitou o máximo da nacionalização, contando com todos os campeões dos estados filiados e aptos nos termos legais e minimamente profissionais entre 1959 e 1968. Já o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Rio-São Paulo, foi disputado só entre dois estados, o Rio de Janeiro e São Paulo, eram de fato torneios interestaduais, porém, foi um torneio embrião para o que temos hoje e esse peso e status não pode ser desconsiderado. Esses dois torneios citados além de outros, por diversas razões esportivas e jurídicas, como paralelismo de torneios, importâncias e status, merecem ganhar os seus valores, mas o que não merecem é serem colocados numa prateleira que não são a realidade de seus corpos esportivos e é isso que podemos idealizar: novas categorias e sub-categorias para encaixar nossas grandiosas competições de forma ideal.

A ideia é propor uma divisão cronológica das Competições Nacionais de Primeiro Escalão da Elite, de colocar pesos de acordo com a realidade e de categorizar adicionando termos como 'Campeonato Brasileiro', o Brasileirão, esse que temos desde 1971 e 'Torneio Brasileiro Principiante', referente a todos torneios de âmbitos e de ligação nacional antes de 1971 e que seriam sub-divididos em 'Nacional', ou seja nacionalizado e 'Regional', ou seja, regionalizado.

Um parêntese: O termo 'Competição Nacional de Primeiro Escalão da Elite' referido as competições que geram os títulos brasileiros é algo sugestivo, servindo pra indicar a classe de todos os torneios de primeiro escalão da elite: Brasileirão + unificados. Porém, a CBF poderia buscar formas até mais curtas, simples e diretas como 'Liga Brasileira' ou 'Série A do Brasil'. Hoje isso é o que chamamos de 'Campeonato Brasileiro' que abrange todos os torneios da elite de primeiro escalão, ou seja, a junção de Brasileirão, Taça Brasil e Robertão, mas essa termologia seria exclusiva para a oficialização do que foi criado em 1971.

COMPETIÇÕES NACIONAIS DE PRIMEIRO ESCALÃO DA ELITE (Liga Brasileira ou Série A do Brasil)

Campeonato Brasileiro (1971-atualmente): Também chamado popularmente de Brasileirão, formou a maior era e é o mais relevante recorte do primeiro escalão de elite, tendo em seus campeões desde 1971 o status, peso e nível de maior poderio. Já passou por diversos formatos e nomenclaturas oficiais, como Campeonato Nacional de Clubes (1971-1974), Copa Brasil (1975-1979, 1984 e 1986-1988), Taça de Ouro (1980-1983 e 1985), Copa João Havelange (2000) e Campeonato Brasileiro Série A (1989-1999 e 2001-atualmente), porém, todos pertencendo a era Campeonato Brasileiro e todos sendo chamados de 'Brasileirão'.

Torneio Brasileiro Principiante (1920-1970): torneios antes de 1971 com intenções futuras e finalidades de Campeonato Brasileiro, porém com status, peso e nível de relevância menor ao Brasileirão, todavia, que no ranking geral de títulos brasileiros, são contados de forma unificada. Ademais, sub-divididos entre campeonatos nacionalizados e regionalizados, em que também existem a diferença de status, peso e nível de relevância, dando ao 'Nacional' uma valorização maior em relação ao 'Regional'. Foram consideradas as edições apenas antes de 1971, já que naquela temporada houve a criação do Campeonato Brasileiro Oficial.

*o termo 'Principiante', assim como o 'Nacional' (nacionalizado) e 'Regional' (regionalizado) é a forma para criar as categorias e sub-categorias, porém, a CBF pode trabalhar outras possibilidades de nomenclaturas, como ''Rudimental' ou 'Embrionário'. Fica aqui na verdade apenas a forma do autor do texto criar categorizações. 

Torneio Brasileiro Principiante - Nacional: Taça Brasil (1959 a 1968) e Torneio dos Campeões da CBD (1969)
Torneio Brasileiro Principiante - Regional: 
Copa dos Campeões da CBD/FBF (1920 e 1937), Torneio Rio-São Paulo/Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Taça de Prata/Robertão (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), Torneio Norte-Nordeste e Torneio Centro-Sul

Momentos e movimentos que podem ser referidas como 'Era principiante' e 'Era Brasileirão', ou seja, a era dos Torneios Principiantes e a era oficial do Campeonato Brasileiro (Brasileirão).

Sendo assim, tendo as posições de seus valores:

1º) Campeão do Campeonato Brasileiro/Campeão do Brasileirão | Peso 1
2º) Campeão do Torneio Brasileiro Principiante Nacionalizado | Peso 2
3º) Campeão do Torneio Brasileiro Principiante Regionalizado | Peso 3

Para exemplificar, vamos usar os títulos brasileiros da Sociedade Esportiva Palmeiras para clarear o modelo:

13 títulos brasileiros (1933, 1951, 1960, 1965, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018)

Campeonato Brasileiro: 6 títulos (1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018)
Taça Brasil: 2 títulos (1960 e 1967)
Robertão: 2 títulos (1967 e 1969)
Rio-São Paulo: 3 títulos (
1933, 1951 e 1965)

Entre seus 13 títulos, são: 6 títulos do Brasileirão, 2 títulos do Torneio Brasileiro Principiante Nacional e 5 títulos do Torneio Brasileiro Principiante Regional. Em outros termos: seis títulos brasileiros de peso 1, dois títulos brasileiros de peso 2 e cinco títulos brasileiros de peso 3, somando treze títulos brasileiros.

Independente dos pesos, status e níveis, todos são títulos brasileiros, e instituem na tabela geral de campeões brasileiros de futebol, tendo essa sub-divisão para explicar de forma mais clara e justa a história do futebol brasileiro e a produzir rankings mais idealizados, impactando na vida de historiadores, jornalistas, clubes, imprensa, torcedores e a entidade de forma direta, já que teria a resolução de antigos, atuais e possíveis futuros problemas no quesito unificação e oficialização de títulos.

CONCEITO NACIONAL: Em 2010, a Taça Brasil e o Robertão foram unificados como Campeonato Brasileiro, porém, só existem dois torneios em que enxergo como âmbito nacional, é a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio dos Campeões da CBD (1969). O conceito "nacional" no futebol não deve ser tratado da mesma forma que o conceito "nacional" da República, onde um projeto do Governo Federal pra ser nacional deve ser ampliado para todas regiões e estados independente de qualquer fator. No futebol é diferente, algo pra ser nacional não precisa contar tecnicamente dentro um torneio com representantes de todas regiões e/ou estados, mas sim ser um torneio formalizado com todos os representantes das tais federações estaduais filiadas e dentro de um método apto na profissionalização, legalização e padronização, seguindo a consulta do mapa nacional oficial do futebol.

A Taça Brasil quando surgiu, teve o intuito de dar ao Brasil o seu primeiro campeão nacional e pra isso teve que criar um mapa nacional do futebol, nele todas as federações estaduais brasileiras filiadas e que tinham seus campeões estaduais definidos foram consultadas e as que cumpriam e estavam dentro das aptidões necessárias, foram representadas, via critério técnico. Isso é verdadeiramente e legitimamente algo nacional, assim como o torneio vencido pelo Grêmio Maringá em 1969, quando houve um encontro entre os campeões de cada região dentro desse mesmo método da Taça Brasil.

O conceito "nacional" não é voltado a técnica, a prestígio e a finanças, e sim a um seguimento criterioso dentro da geografia e legalizações do mapa da República junto ao mapa do futebol. A Taça de Prata, popularmente chamada de Robertão foi um sucesso dentro e fora de campo, porém, diferente da Taça Brasil, não foi nacional de forma legítima, pois, além de seu critério de participação ser via convite e por peso político e influência de federações e clubes, baseado no sucesso financeiro de público e renda, sem respeitar resultados esportivos, não seguiu o mapa nacional profissional da época, mapa esse que a própria CBD, coordenadora do Robertão a partir de 1968, revolucionou pela Taça Brasil, o qual impactou para o profissionalismo e filiações em diversos estados ao longo das 10 temporadas do torneio nacional, portanto, diversos estados profissionais, inclusive o do Ceará, vice-campeão da Taça Brasil, não teve chance de disputar o que era tratado como nacional pelo fato de ser descartado e mesmo assim foi efetivado em 2010 pela CBF. Paralelo ao Robertão, tiveram dois torneios, o Norte-Nordeste e o Centro-Sul, que assim como o Robertão de forma legitima, eram inter-regionais que também foram embriões do Brasileirão, porém, seguindo critérios técnicos. E para entender melhor outros motivos que levam o Torneio Norte-Nordeste a ser equiparado ao Robertão e consequentemente elevado como título brasileiro, leia a matéria.

Para exemplificar o conceito:

O Brasil tem 27 federações de futebol profissionais e filiadas, imagine o cenário onde a CBF cria um torneio com 26 delas e a que sobra não foi consultada, não foi informada e por uma irresponsabilidade da entidade nacional ficou de fora. O torneio foi um sucesso de cobertura, técnica, público e renda. Ele deve ser considerado nacional? Claro que não, ele precisaria ter ao menos a consulta da 27ª federação profissional filiada e assim, poder de fato, via mapa nacional do futebol, ser tratado como campeonato como nacional. Mas em qual categoria ele se encaixaria? Interestadual.

Agora vamos pra outro cenário: a CBF ganha mais uma vaga pra Libertadores e quer definir seu representante através de um torneio nacional entre os 27 campeões estaduais de 2021. Todas as federações recebem o ofício com todos os requisitos, datas e demais detalhes para inscrever os seus representantes. Algumas federações em comum com seus campeões, vices e demais clubes dos estaduais abrem mão da vaga e de maneira formal informam a CBF, cada uma por sua razão específica e apenas 4 estados participarão representados pelos seus campeões: Alagoas (CSA), Minas Gerais (Atlético-MG), Pernambuco (Náutico) e Rio de Janeiro (Flamengo) e 1 estado participará com o seu vice, após o campeão se negar a jogar: Ceará (Ceará). No total dos 27 estados e 5 regiões com direito a disputa informados pela CBF, apenas 5 estados de 2 regiões participarão. Seria um inter-regional? Não, é um torneio nacional, pois é um campeonato que reúne todos os representantes legais via critério técnico de todas federações estaduais vinculadas a CBF e que inscreveram seus clubes, sendo que todas receberam a consulta e o ofício e algumas delas abriram mão por conta própria junto a seus clubes. Foi seguido o mapa nacional profissional do futebol brasileiro de forma legítima e legal.

Mas agora, escalo as competições e os seus clubes que deveriam serem unificados como campeões brasileiros e cada Competição Nacional de Primeiro Escalão da Elite tendo sua categoria e sub-categoria verídica, causando o nivelamento da forma como é de fato, sem ter banalização dos pesos e avacalhação nas listagens, além de tudo, de forma mais importante, contando suas histórias da forma como nasceu sendo.

Observação: alguns dos torneios a seguir podem ser trabalhados pelos clubes para poder trocar de sub-categoria, como um Torneio Brasileiro Principiante Regionalizado passar a ser considerado como Torneio Brasileiro Principiante Nacionalizado, após análise junto a CBF através de dossiê, como exemplo a Copa dos Campeões de 1937 do Atlético-MG, em que aparecerá nessa listagem como torneio de âmbito regionalizado, podendo ser deslocado e ganhando seu nivelamento para nacionalizado, juntando-se a Taça Brasil e Torneio dos Campeões da CBD de 1969 e se sobressaindo a alguns como Rio-São Paulo e Norte-Nordeste. por exemplo.

A lista é baseada na provocação do jornalista Cassio Zirpoli, que em 2010, na matéria Vespeiro de Série A do Blog de Esportes do Diário de Pernambuco, apontou possíveis novas reinvindicações no futuro e que realmente aconteceu, como o Grêmio Maringá e Atlético-MG buscarem suas unificações pelas conquistas de 1969 e 1937, respectivamente. Lembrando que além desses, podemos ter novos torneios que clubes buscarão pleitear para unificação, principalmente torneios regionais para entrar na sub-categoria 'Regional' do Torneio Brasileiro Principiante, e é com isso que a CBF precisa criar seus critérios objetivos sem margem pra interpretações distintas e aceitando apenas torneios que de fato entrem em contextos como embriões e paralelismo a competições de nível primeiro escalão de elite que contribuíram para o desenvolvimento do produto acabado chamado Campeonato Brasileiro. Eu, particularmente, não consigo encontrar nenhum outro torneio que se encaixe nesses requisitos além dos citados a seguir.

Rankings e listas de campeões brasileiros a serem trabalhadas a partir dessa categorização:

CAMPEONATO BRASILEIRO (BRASILEIRÃO)

1971: Atlético-MG
1972: Palmeiras
1973: Palmeiras
1974: Vasco
1975: Internacional
1976: Internacional
1977: São Paulo
1978: Guarani
1979: Internacional
1980: Flamengo
1981: Grêmio
1982: Flamengo
1983: Flamengo
1984: Fluminense
1985: Coritiba
1986: São Paulo
1987: Sport Recife
1988: Bahia
1989: Vasco
1990: Corinthians
1991: São Paulo
1992: Flamengo
1993: Palmeiras
1994: Palmeiras
1995: Botafogo
1996: Grêmio
1997: Vasco
1998: Corinthians
1999: Corinthians
2000: Vasco
2001: Athletico-PR
2002: Santos
2003: Cruzeiro
2004: Santos
2005: Corinthians
2006: São Paulo
2007: São Paulo
2008: São Paulo
2009: Flamengo
2010: Fluminense
2011: Corinthians
2012: Fluminense
2013: Cruzeiro
2014: Cruzeiro
2015: Corinthians
2016: Palmeiras
2017: Corinthians
2018: Palmeiras
2019: Flamengo
2020: Flamengo
2021: Atlético-MG

TORNEIO BRASILEIRO PRINCIPIANTE (Sub-categorizado)

NACIONAL (nacionalizado)

Taça Brasil

1959: Bahia
1960: Palmeiras
1961: Santos
1962: Santos
1963: Santos
1964: Santos
1965: Santos
1966: Cruzeiro
1967: Palmeiras
1968: Botafogo

Torneio dos Campeões da CBD

1969: Grêmio Maringá

REGIONAL (regionalizado)

Copa dos Campeões da CBD/FBF

1920: Paulistano
1937: Atlético-MG

Torneio Rio-São Paulo/Torneio Roberto Gomes Pedrosa

1933: Palmeiras
1950: Corinthians
1951: Palmeiras
1952: Portuguesa
1953: Corinthians
1954: Corinthians
1955: Portuguesa
1957: Fluminense
1958: Vasco
1959: Santos
1960: Fluminense
1961: Flamengo
1962: Botafogo
1963: Santos
1964: Santos e Botafogo
1965: Palmeiras
1966: Santos, Botafogo, Vasco e Corinthians

Taça de Prata/Robertão (Torneio Roberto Gomes Pedrosa)

1967: Palmeiras
1968: Santos
1969: Palmeiras
1970: Fluminense

Torneio Norte-Nordeste

1968: Sport Recife
1969: Ceará
1970: Fortaleza

Torneio Centro-Sul

1968: Grêmio Maringá

TORNEIO BRASILEIRO PRINCIPIANTE

1920: Paulistano
1933: Palmeiras
1937: Atlético-MG
1950: Corinthians
1951: Palmeiras
1952: Portuguesa
1953: Corinthians
1954: Corinthians
1955: Portuguesa
1957: Fluminense
1958: Vasco
1959: Bahia, Santos
1960: Fluminense e Palmeiras
1961: Flamengo e Santos
1962: Botafogo e Santos
1963: Santos (2)
1964: Botafogo e Santos (2)
1965: Palmeiras e Santos
1966: Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Santos e Vasco
1967: Palmeiras (2)
1968: Botafogo, Grêmio Maringá, Santos e Sport Recife
1969: Ceará, Grêmio Maringá e Palmeiras
1970: Fluminense e Fortaleza

CAMPEÕES DO BRASILEIRÃO

(Campeonato Brasileiro oficial | 1971-)

Corinthians: 7 (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017)
Flamengo: 7 (1980, 1982, 1983, 1992, 2009, 2019 e 2020)
Palmeiras: 6 (1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018)
São Paulo: 6 (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
Vasco: 4 (1974, 1989, 1997 e 2000)
Cruzeiro: 3 (2003, 2013 e 2014)
Fluminense: 3 (1984, 2010 e 2012)
Internacional: 3 (1975, 1976 e 1979)
Atlético-MG: 2 (1971 e 2021)
Grêmio: 2 (1981 e 1996)
Santos: 2 (2002 e 2004)
Athletico-PR: 1 (2001)
Bahia: 1 (1988)
Botafogo: 1 (1995)
Coritiba: 1 (1985)
Guarani: 1 (1978)
Sport Recife: 1 (1987)

CAMPEÕES BRASILEIROS NACIONALIZADOS

(Taça Brasil + Torneio dos Campeões da CBD de 1969 + Brasileirão)

Palmeiras: 8 (1960, 1967, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018)
Corinthians: 7 (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017)
Santos: 7 (1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 2002 e 2004)
Flamengo: 7 (1980, 1982, 1983, 1992, 2009, 2019 e 2020)
São Paulo: 6 (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
Vasco: 4 (1974, 1989, 1997 e 2000)
Fluminense: 3 (1984, 2010 e 2012)
Cruzeiro: 4 (1966, 2003, 2013 e 2014)
Internacional: 3 (1975, 1976 e 1979)
Atlético-MG: 2 (1971 e 2021)
Grêmio: 2 (1981 e 1996)
Bahia: 2 (1959 e 1988)
Botafogo: 2 (1968 e 1995)
Athletico-PR: 1 (2001)
Coritiba: 1 (1985)
Guarani: 1 (1978)
Sport Recife: 1 (1987)
Grêmio Maringá: 1 (1969)

CAMPEÕES BRASILEIROS REGIONALIZADOS

(Copa dos Campeões da FBF/CBD + Torneio Rio-São Paulo + Robertão + Torneio Norte-Nordeste + Torneio Centro-Sul)

Corinthians: 4 (1950, 1953, 1954, 1966)
Santos: 4 (1959, 1963, 1964 e 1966)
Botafogo: 3 (1962, 1964 e 1966)
Palmeiras: 3 (1933, 1951, 1965)
Portuguesa: 2 (1952 e 1955)
Fluminense: 2 (1957 e 1960)
Vasco: 2 (1958 e 1966)
Atlético-MG: 1 (1937)
Ceará: 1 (1969)
Flamengo: 1 (1961)
Fortaleza: 1 (1970)
Grêmio Maringá: 1 (1968)
Paulistano: 1 (1920)
Sport Recife: 1 (1968)

TODOS OS CAMPEÕES BRASILEIROS POR ANO

1920: Paulistano
1933: Palmeiras
1937: Atlético-MG
1950: Corinthians
1951: Palmeiras
1952: Portuguesa
1953: Corinthians
1954: Corinthians
1955: Portuguesa
1957: Fluminense
1958: Vasco
1959: Bahia, Santos
1960: Fluminense e Palmeiras
1961: Flamengo e Santos
1962: Botafogo e Santos
1963: Santos (2)
1964: Botafogo e Santos (2)
1965: Palmeiras e Santos
1966: Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Santos e Vasco
1967: Palmeiras (2)
1968: Botafogo, Grêmio Maringá, Santos e Sport Recife
1969: Ceará, Grêmio Maringá e Palmeiras
1970: Fluminense e Fortaleza
1971: Atlético-MG
1972: Palmeiras
1973: Palmeiras
1974: Vasco
1975: Internacional
1976: Internacional
1977: São Paulo
1978: Guarani
1979: Internacional
1980: Flamengo
1981: Grêmio
1982: Flamengo
1983: Flamengo
1984: Fluminense
1985: Coritiba
1986: São Paulo
1987: Sport Recife
1988: Bahia
1989: Vasco
1990: Corinthians
1991: São Paulo
1992: Flamengo
1993: Palmeiras
1994: Palmeiras
1995: Botafogo
1996: Grêmio
1997: Vasco
1998: Corinthians
1999: Corinthians
2000: Vasco
2001: Athletico-PR
2002: Santos
2003: Cruzeiro
2004: Santos
2005: Corinthians
2006: São Paulo
2007: São Paulo
2008: São Paulo
2009: Flamengo
2010: Fluminense
2011: Corinthians
2012: Fluminense
2013: Cruzeiro
2014: Cruzeiro
2015: Corinthians
2016: Palmeiras
2017: Corinthians
2018: Palmeiras
2019: Flamengo
2020: Flamengo
2021: Atlético-MG

CAMPEÕES BRASILEIROS EM ORDEM CRONOLÓGICA

1º) Paulistano (1920)
2º) Palmeiras (1933)
3º) Atlético-MG (1937)
4º) Corinthians (1950)
5º) Portuguesa (1952)
6º) Fluminense (1957)
7º) Vasco (1958)
8º) Santos (1959)
9º) Bahia (1959)
10º) Flamengo (1961)
11º) Botafogo (1962)
12º) Cruzeiro (1966)
13º) Grêmio Maringá (1968)
14º) Sport Recife (1968)
15º) Ceará (1969)
16º) Fortaleza (1970)
17º) Internacional (1975)
18º) São Paulo (1977)
19º) Guarani (1978)
20º) Grêmio (1981)
21º) Coritiba (1985)
22º) Athletico-PR (2001)

CAMPEÕES BRASILEIROS UNIFICADOS 

(Todos os torneios | Organizados por quantidade, ordem alfabética e na escala sendo posto o Brasileirão como peso 1, embriões nacionalizados como peso 2 e embriões regionalizados como peso 3)

Palmeiras: 13 (1933, 1951, 1960, 1965, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018)
Santos: 12 (1959, 1961, 1962, 1963, 1963, 1964, 1964, 1965, 1966, 1968, 2002 e 2004)
Corinthians: 11 (1950, 1953, 1954, 1966, 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017)
Flamengo: 8 (1961, 1980, 1982, 1983, 1992, 2009, 2019 e 2020)
São Paulo: 6 (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
Vasco: 6 (1958, 1966, 1974, 1989, 1997 e 2000)
Fluminense: 6 (1957, 1960, 1970, 1984, 2010 e 2012)
Botafogo: 5 (1962, 1964, 1966, 1968 e 1995)
Cruzeiro: 4 (1966, 2003, 2013 e 2014)
Internacional: 3 (1975, 1976 e 1979)
Atlético-MG: 3 (1937, 1971 e 2021)
Grêmio: 2 (1981 e 1996)
Bahia: 2 (1959 e 1988)
Sport Recife: 2 (1968 e 1987)
Grêmio Maringá: 2 (1968 e 1969)
Portuguesa: 2 (1952 e 1955)
Athletico-PR: 1 (2001)
Coritiba: 1 (1985)
Guarani: 1 (1978)
Ceará: 1 (1969)
Fortaleza: 1 (1970)
Paulistano: 1 (1920)

ESTADOS CAMPEÕES BRASILEIROS:

São Paulo: 46
Rio de Janeiro: 25
Minas Gerais: 7
Rio Grande do Sul: 5
Paraná: 4
Bahia: 2
Pernambuco: 2
Ceará: 2

REGIÕES CAMPEÃS BRASILEIRAS:

Sudeste: 78
Sul: 9
Nordeste: 6

É bom frisar que em temporadas com mais de um campeão, não tivemos títulos divididos e sim títulos paralelos, com exceção do Rio-São Paulo de 1966, onde Botafogo, Corinthians, Santos e Vasco dividiram a conquista, mas nos demais casos como em 1968, onde Botafogo, Grêmio Maringá, Santos e Sport Recife seriam considerados campeões brasileiros, são exemplos de títulos paralelos e não divididos, pois cada um conquistou sua taça em um torneio paralelo na mesma temporada.

Marcas e selos seguindo nivelamentos e categorias:
  • Paulistano, primeiro campeão brasileiro
  • Paulistano, primeiro campeão brasileiro regionalizado
  • Paulistano, primeiro campeão brasileiro regionalizado da região sul
  • Paulistano, primeiro campeão brasileiro da Copa dos Campeões
  • Palmeiras, primeiro campeão brasileiro do Rio-São Paulo
  • Bahia, primeiro campeão brasileiro nacionalizado
  • Bahia, primeiro campeão brasileiro da Taça Brasil
  • Palmeiras, primeiro campeão brasileiro do Robertão
  • Palmeiras, primeiro campeão brasileiro do Brasil Sul*
  • Grêmio Maringá, primeiro e único campeão brasileiro do Torneio Centro-Sul
  • Sport Recife, primeiro campeão brasileiro regionalizado da região norte 
  • Sport Recife, primeiro campeão brasileiro regionalizado da região nordeste
  • Sport Recife, primeiro campeão brasileiro do Torneio Norte-Nordeste
  • Sport Recife, primeiro campeão brasileiro do Brasil Norte*
  • Grêmio Maringá, primeiro e único campeão brasileiro do Torneio dos Campeões da CBD
  • Palmeiras, primeiro campeão brasileiro nas 2 esferas Principiantes (Nacional e Regional)
  • Corinthians e Santos, maiores campeões brasileiros regionalizados
  • Atlético-MG, primeiro campeão do Campeonato Brasileiro (Brasileirão)
  • Palmeiras, primeiro campeão brasileiro nas 3 esferas (Brasileirão. Principiante Nacional e Principiante Regional)
  • Palmeiras, maior campeão brasileiro nacionalmente (Brasileirão e Principiante Nacional)
  • Corinthians e Flamengo, maiores campeões do Brasileirão
  • Palmeiras, maior campeão brasileiro
*Durante o Robertão, ocorreu de forma paralela o Torneio Norte-Nordeste, que na prática foram duas Taças de Prata, uma Taça de Prata do Norte (Norte-Nordeste) e uma Taça de Prata do Sul (Robertão). Os torneios proporcionaram a curiosidade de um país ter dois eixos, o superior (Norte) e o inferior (Sul). E nesse mapa nacional dividido em dois eixos, o Palmeiras em 1967 venceu o primeiro torneio nesses moldes referente ao Sul, já em 1968 o Sport Recife venceu o torneio referente ao eixo Norte.

Para exemplificar as categorias e pesos de forma comparativa:

Bahia e Sport Recife seriam os únicos clubes da região nordeste bicampeões brasileiros, mas como poderíamos escalar os títulos? Ambos conquistaram uma edição do Brasileirão, o maior entre todos, porém o tricolor venceu uma edição de um embrião nacionalizado, a Taça Brasil de 1959, enquanto o rubro-negro conquistou um embrião regionalizado, o Torneio Norte-Nordeste de 1968, portanto, o Bahia fica a frente. Ambos bicampeões brasileiros, mas só o clube de Salvador com seus dois títulos em sub-categoria nacionalizada, diferente do clube pernambucano, com um nacionalizado e outro regionalizado. E mais uma vez é bom frisar: ambos bicampeões brasileiros.

É necessário que esse debate seja levado a sério, com compromisso pela história e pelos níveis e efeitos de cada competição de maneira real. Que a CBF, federações e clubes discutam pela ordem e progresso de ranqueamento e listagens. O futebol brasileiro precisa de mais organização e menos ações mediantes a forças políticas e clubismos. E em caso de atos como essa ideia e similares sair do papel, ou seja, que causem efeitos positivos pro ontem, pro hoje e pro amanhã, que a imprensa tenha o compromisso de repassar os fatos, sem colocar suas vontades e pontos subjetivos sobre oficializações e pontos objetivos.

E já que estamos falando sobre títulos brasileiros, é preciso que o Brasil deixe de ser um país onde trate tudo na banalização. Futebol é diversão e entretenimento para torcedores, mas é, ou deveria ser algo sério para quem o usa como profissão, não podendo ser levado na base da chacota. Futebol é resolvido em campo, mas também pertence a âmbitos extracampo, como a justiça, unificações de títulos que o diga. A CBF deve realizar suas listas de acordo com as informações e decisões esportivas e jurídicas (desportistas e comum), o que impede que algum clube além do Sport Club do Recife seja considerado também como campeão brasileiro de 1987, sendo o clube pernambucano de fato pelo regulamento e partidas de futebol, ocorridas na disputada praticada e por W.O. (assim como o Grêmio Maringá no Torneio dos Campeões da CBD de 1969) e de direito, pelas vitórias na justiça tendo um caso transitado em julgado e com a impossibilidade de recursos do Flamengo em buscar o paralelismo do módulo verde ao Brasileirão de 1987. Já sobre o jornalismo, ele é, ou deveria ser uma arma da verdade, ética e moral para a sociedade. Um jornalista, formado e/ou de atuação, acima de tudo deve se comprometer com o que é de fato e não com o que o indivíduo acha ou quer que seja. É direito dos jornalistas e dos veículos de comunicação ter opiniões contrárias a algo concreto, porém, que não venda seus argumentos e opiniões como verdades e sim como subjetividade via seu olhar, como opinião. Então, caso essa argumentação seja pleiteada pela CBF, o Paulistano passa a ser o primeiro campeão brasileiro e é dever da CBF, federações estaduais e todos os veículos e jornalistas, a tratar a verdade acima de tudo, frisando, escalando e ranqueando o Paulistano como o pioneiro no país, independente se o Bahia venceu a primeira Taça Brasil ou o Atlético-MG venceu o primeiro Campeonato Brasileiro, assim como em 1987, o Sport é o único e legítimo campeão brasileiro, na bola e nos tribunais, independente se órgãos, entidades, veículos e profissionais não aceitam que suas visões e versões não possam ser transformadas em verdade. Além de tudo, não basta vender uma opinião como informação, que é um ato de descumprimento com sua função profissional e com seu certificado, dizer que algum clube além do Sport é campeão brasileiro de 1987 ou até mesmo que o Sport não é campeão brasileiro de 1987 é um ato marginal, pois vai contra uma decisão do Supremo Tribunal Federal, ou seja, da lei brasileira, assim estando à margem da lei, simplesmente, ato marginal. Vale também a crítica a sites, blogs e outros portais digitais que não tem compromisso com a verdade mediante a trabalhos onde os próprios dizem ser com embasamento histórico meio a narrativa verídica. Mais uma vez usando o Campeonato Brasileiro de 1987 como exemplo, cito as figuras do troféu erguido e referente ao título daquela edição, que foi o Troféu Copa Brasil, popularmente conhecido como Taça das Bolinhas, o mesmo entregue aos campeões de 1975 a 1992. Algumas páginas digitais usam a figura do Troféu Roberto Gomes Pedrosa de 1987 como o troféu oficial conquistado pelo Sport referente ao título do Brasileirão, o que é mentira, mais que mentira, um escárnio por ser um pilar pela desinformação e propagação de falsidades ante um tema que já é símbolo nacional de fake news. Esse troféu, assim como o Troféu João Havelange de 1987, foram troféus dados pela CBF pelos títulos dos módulos verde e amarelo, que foram as fases classificatórias para a fase final (quadrangular), além disto, alguns colocam o Troféu Copa União, que foi um troféu simbólico criado pela Revista Placar e dado ao vencedor do módulo verde do Brasileirão de 1987 e ao campeão brasileiro de 1988.

Além das categorizações das Competições Nacionais de Primeiro Escalão, criei uma argumentação e categorização para que os torneios nacionais e inter-regionais do Brasil como campeonatos, copas, recopas, de elite e de acesso, pudessem ser escalados de forma mais configurada, fazendo que torneios oficiais esquecidos pudessem ganhar uma prateleira específica para enfim ter o seu valor e grandes torneios não-oficiais serem oficializados, todos esses sem precisar passar por unificações e causar novas bagunças. Leia a matéria As Categorizações de Torneios que podem salvar a CBF de velhos e futuros problemas. Ainda dentro do tema competição, também idealizei um novo torneio de elite pro futebol brasileiro, a Supercopa dos Campeões Nacionais, na simulação, 22 clubes em 6 datas disputando um título em sede fixa, para saber mais, leia a matéria Um novo torneio que geraria múltiplos impactos e força da elite nacional.

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