SUPERCOPA DOS CAMPEÕES: o novo torneio do Brasil

O futebol brasileiro vem crescendo a cada dia, tornando-se cada vez mais competitivo, nacional e com ganhos dentro e fora de campo, em diversos aspectos, como esportivo, financeiro, publicitário e na globalização. No futebol moderno e nos grandes países, competições de terceiro escalão vem surgindo e se fortificando no calendário e tradição futebolística. Na maior esfera mundial, a Europa, temos a nova UEFA Conference League, sucesso de público, transmissão e presença de gigantes camisas, assim como antes era a Cup Intertoto (1995-2005). No país da Premier League, além do Campeonato Inglês, temos a Copa da Inglaterra (equivalente a Copa do Brasil) e a Copa da Liga Inglesa, sendo o 3º torneio do país, disputado desde 1961 e elevando o peso de uma competição de terceiro escalão de elite para a progresso local, com grandes clássicos e finais épicas a nível mundial.


No Brasil tivemos um grande exemplo de competição de terceiro escalão de elite, a Copa dos Campeões, que reunia os campeões regionais para disputar um título nacional e vaga pra Libertadores do ano seguinte. Muito prestígio técnico, de público, audiência e peso dado aos clubes participantes. Essa que é a maior glória da história do futebol paraense, com o título do Paysandu em 2002. E está na hora do Brasil voltar a ter três competições nacionais de elite que gere grande impacto no desenvolvimento técnico, tradição, finanças, logística, engajamento, transmissão e tudo mais. Um torneio que envolva o melhor dos melhores, a elite da elite, para começar o ano bem e fazendo que o Campeonato Brasileiro e outros grandes certames já comecem inflamados. A competição ideal para o primeiro quadrimestre ou semestre no Brasil, pré-Brasileirão e Copa do Brasil é uma Supercopa que reúna todos os campeões brasileiros, ou até mesmo todos campeões nacionais de elite, com todos os clubes com títulos nacionais de elite, como Copa do Brasil, Copa dos Campeões e outros.


No Brasil, de forma oficial, temos na história 6 competições de nível de elite, são elas: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa dos Campeões, Seletiva para a Libertadores, Supercopa do Brasil e Copa dos Campeões da Copa Brasil. As 4 primeiras são torneios independentes que geraram/geram vagas para a Libertadores, enquanto as 2 últimas são Recopas com critério técnico vindo exatamente do Brasileirão e Copa do Brasil. A Copa dos Campeões da Copa Brasil de 1978 foi a Recopa que reunia os campeões brasileiros e é essa pegada que poderia ocorrer novamente. Um torneio reunindo os campeões brasileiros, ou os campeões brasileiros + demais campeões nacionais. A vaga da Seletiva da Libertadores não faria diferença pois o campeão é o Athletico-PR, que também é campeão brasileiro, assim como a da Copa dos Campeões da Copa Brasil, vencida pelo Atlético-MG, também campeão brasileiro.

Em 1982 houve algo similar, o Torneio dos Campeões, com os campeões e vices de todos os torneios nacionais, além de outro por critério técnico de participação, mas hoje, em 2022, temos materiais como torneios e campeões suficientes nesses mais de 60 anos de competições nacionais de elite para realizarmos uma competição apenas com os grandes campeões do Brasil. Afinal, são 25 campeões nacionais, sendo 2 deles extintos, o Grêmio Maringá-PR e o Paulistano-SP, na ocasião, 23 campeões disponíveis. Quem seriam os possíveis clubes participantes?

Os campeões do Campeonato Brasileiro:

Palmeiras (1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018 e 2022)
Santos (1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968, 2002 e 2004)
Corinthians (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017)
Flamengo (1980, 1982, 1983, 1992, 2009, 2019 e 2020)
São Paulo (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
Vasco (1974, 1989, 1997 e 2000)
Fluminense (1970, 1984, 2010 e 2012)
Cruzeiro (1966, 2003, 2013 e 2014)
Internacional (1975, 1976 e 1979)
Bahia (1959 e 1988)
Botafogo (1968 e 1995)
Grêmio (1981 e 1996)
Atlético-MG (1971 e 2021)
Guarani (1978)
Coritiba (1985)
Sport Recife (1987)
Athletico-PR (2001)

Os campeões da Copa do Brasil:

Cruzeiro (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018)
Grêmio (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
Palmeiras (1998, 2012, 2015 e 2020)
Flamengo (1990, 2006, 2013 e 2022)
Corinthians (1995, 2002 e 2009)
Atlético-MG (2014 e 2021)
Criciúma (1991)
Internacional (1992)
Juventude (1999)
Santo André (2004)
Paulista (2005)
Fluminense (2007)
Sport Recife (2008)
Santos (2010)
Vasco (2011)
Athletico-PR (2019)

Os campeões da Copa dos Campeões:

Palmeiras (2000)
Flamengo (2001)
Paysandu (2002)

O campeão do Torneio dos Campeões da CBF, CBD ou FBF:

Paulistano (1920)*
Atlético-MG (1937)
Grêmio Maringá (1969)*
América-RJ (1982)

Torneios com campeões brasileiros vencedores:

Copa dos Campeões da Copa Brasil: Atlético-MG (1978)
Seletiva da LibertadoresAthletico-PR (1999)
Supercopa do Brasil: Grêmio (1990), Corinthians (1991), Flamengo (2020 e 2021) e Atlético-MG (2022)

*extintos

CAMPEÕES POR REGIÕES:

Região Nordeste: Bahia e Sport Recife
Região Norte: Paysandu
Região Sudeste: América-RJ, Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Guarani, Palmeiras, Paulista, Santo André, Santos, São Paulo e Vasco
Região Sul: Athletico-PR, Coritiba, Criciúma, Grêmio, Internacional e Juventude

CAMPEÕS POR ESTADO:

Bahia: Bahia
Minas Gerais: Atlético-MG e Cruzeiro
Pará: Paysandu
Paraná: Athletico-PR e Coritiba
Pernambuco: Sport Recife
Rio de Janeiro: América-RJ, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco
Rio Grande do Sul: Grêmio, Internacional e Juventude
Santa Catarina: Criciúma
São Paulo: Corinthians, Guarani, Palmeiras, Paulista, Santo André, Santos e São Paulo

COMO PODERIA SER ESSA COMPETIÇÃO?

Poderíamos ter torneios com 3 tipos de representantes: entre os campeões brasileiros; entre os campeões brasileiros + campeões da Copa do Brasil; ou entre todos os campeões nacionais de elite. Para valorizar toda a história dos torneios da CBF, optaria pela última opção. As sugestões dos nomes oficiais seriam: Supercopa dos Campeões ou Supercopa Nacional.

Formato:

Com 23 equipes na disputa, teríamos 7 grupos, sendo 5 triangulares e 2 quadrangulares. Os líderes de cada grupo e o melhor vice-líder entre os quadrangulares avançam para a fase quartas-de-finais, assim sequencialmente buscando vagas para a semifinal e final. Todas as fases teriam jogos só de ida e únicos, com o campeão podendo conquistar o título em 5 ou 6 partidas.

Os grupos teriam a definição de seus embates por sorteios livres e a única restrição seria os clubes não campeões brasileiros como América-RJ, Criciúma, Paulista, Paysandu, Santo André e Juventude ficando em grupos diferentes, fazendo que todos encarassem campeões brasileiros, fortalecendo a tradição.

Peso e vagas: O peso é algo indiscutivelmente elitizado, simplesmente um título que representa a vitória sobre todos os campeões nacionais desde os primórdios do futebol referentes a diversos torneios. O campeão levaria uma vaga para a Libertadores do ano seguinte ou até mesmo do mesmo ano, além de uma vaga direta nas fases posteriores da Copa do Brasil.

Sedes: Assim como a Copa dos Campeões entre 2000 e 2002, o torneio poderia ser regionalizado ou simplesmente disputado em um estado, de acordo com todos os padrões de qualidade, capacidade, segurança, estrutura de transmissão e outros detalhes, além de CT e hotel para comportar os clubes e torcidas. Estados como Rio Grande de Sul e São Paulo comportam diversos estádios, Arenas, CTs e demais estruturas para de forma independente sediarem o torneio. Assim como a região nordeste, que conta com Arenas de Copa do Mundo e estádios tradicionais e tendo as facilidades logísticas em deslocamento entre as capitais Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, por exemplo.

Datas: O torneio pode ser disputado logo após a abertura nacional da temporada, assim que a Supercopa do Brasil abrir o calendário brasileiro. Entre janeiro, fevereiro e/ou março as partidas sendo realizadas.

Impactos: O torneio por sua grandeza natural se tornaria tradicional no futebol brasileiro e geraria diversos benefícios para a CBF, clubes, detentoras de transmissões, veículos de comunicação e muito mais, com o pioneirismo global de um torneio reunindo seus campeões históricos, novas receitas, marcas e feitos da entidade e instituições. E muito mais que valores esportivos, causaria também benécias as regiões, estados e cidades que sediariam os eventos, com engajamento, geração de emprego, avanço no fluxo logístico, estrutural e financeiro, era o esporte sendo ponto essencial pro progresso do IDH, estruturas e futebol nacional regionalizado. Com a confirmação dessa Supercopa, os estados iriam desenvolver suas estruturas de estádios e gramados e os clubes buscariam padronizações de seus CTs, além das cidades desenvolverem pontos turísticos, a logística, hotéis e pousadas, pois todos gostariam de receber os maiores clubes e torcidas em seus solos. O Campeonato Brasileiro começaria mais inflamado de forma positiva e o nível técnico já seria ainda mais amplo.

SIMULAÇÃO DA SUPERCOPA DOS CAMPEÕES NACIONAIS 2023:

Torneio disputado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e com a formação de grupos via sorteio.

GRUPO A: Atlético-MG, Cruzeiro, Guarani e Paysandu

Partida 01, 15 de janeiro
Vila Belmiro: Atlético-MG 3x0 Guarani

Partida 02, 15 de janeiro
Allianz Parque: Cruzeiro 3x1 Paysandu

Partida 03, 22 de janeiro
Vila Belmiro: Guarani 2x1 Paysandu

Partida 04, 22 de janeiro
Allianz Parque: Cruzeiro 2x3 Atlético-MG

Partida 05, 29 de janeiro
Vila Belmiro: Guarani 1x2 Cruzeiro

Partida 06, 29 de janeiro
Allianz Parque: Atlético-MG 4x0 Paysandu

Atlético-MG classificado

GRUPO B: Criciúma, Flamengo, Fluminense e Grêmio

Partida 01, 15 de janeiro
Raulino de Oliveira: Criciúma 1x3 Flamengo

Partida 02, 15 de janeiro
Maracanã: Fluminense 2x1 Grêmio

Partida 03, 22 de janeiro
Maracanã: Flamengo 1x1 Fluminense

Partida 04, 22 de janeiro
Raulino de Oliveira: Grêmio 2x1 Criciúma

Partida 05, 29 de janeiro
Raulino de Oliveira: Criciúma 0x2 Fluminense

Partida 06, 29 de janeiro
Maracanã: Flamengo 3x0 Grêmio

Flamengo e Fluminense classificados

GRUPO C: América-RJ, Corinthians e Vasco

Partida 01, 15 de janeiro
Morumbi: Vasco 0x2 Corinthians

Partida 02, 15 de janeiro
Arena Barueri: Corinthians 5x0 América-RJ

Partida 03, 22 de janeiro
Brinco de Ouro: América-RJ 1x3 Vasco

Corinthians classificado

GRUPO D: Bahia, Botafogo e Santo André

Partida 01, 15 de janeiro
Brinco de Ouro: Bahia 2x0 Santo André

Partida 02, 22 de janeiro
Morumbi: Botafogo 1x2 Bahia

Partida 03, 29 de janeiro
Arena Barueri: Santo André 0x3 Botafogo

Bahia classificado

GRUPO E: Athletico-PR, Coritiba e Juventude

Partida 01, 15 de janeiro
Arena Barueri: Juventude 1x1 Coritiba

Partida 02, 22 de janeiro
Brinco de Ouro: Athletico-PR 4x3 Juventude

Partida 03, 29 de janeiro
Morumbi: Coritiba 1x2 Athletico-PR

Athletico-PR classificado

GRUPO F: Internacional, Paulista e Santos

Partida 01, 15 de janeiro
Nilton Santos: Internacional 2x1 Santos

Partida 02, 22 de janeiro
São Januário: Santos 2x0 Paulista

Partida 03, 29 de janeiro
Neo Química Arena: Paulista 0x3 Internacional

Internacional classificado

GRUPO G: Palmeiras, São Paulo e Sport Recife

Partida 01, 15 de janeiro
Neo Química Arena: Sport Recife 1x3 Palmeiras

Partida 02, 22 de janeiro
Nilton Santos: São Paulo 1x2 Palmeiras

Partida 03, 29 de janeiro
São Januário: Palmeiras 4x2 Sport Recife

Palmeiras classificado

Classificados para as quartas de finais: Atlético-MG, Flamengo, Fluminense, Corinthians, Bahia, Athletico-PR, Internacional e Palmeiras. Confrontos definidos via sorteio.

Quartas de finais:

Partida 01, 05 de fevereiro
Morumbi: Bahia 0x2 Athletico-PR

Partida 02, 05 de fevereiro
Maracanã: Corinthians 2(7)x(8)2 Palmeiras

Partida 03, 05 de fevereiro
Allianz Parque: Flamengo 3x2 Internacional

Partida 04, 05 de fevereiro
Nilton Santos: Atlético-MG 1(3)x(2)1 Fluminense

Classificados para as semifinais: Athletico-PR, Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG. Confrontos definidos via sorteio.

Semifinais:

Partida 01, 12 de fevereiro
Neo Química Arena: Flamengo 2x1 Atlético-MG

Partida 10, 12 de fevereiro
Nilton Santos: Athletico-PR 2x3 Palmeiras

Final:

Partida 12, 19 de fevereiro
Maracanã: Palmeiras 2(5)x(4)2 Flamengo

Palmeiras campeão da Supercopa dos Campeões de 2023, classificado para a Libertadores e 3ª fase da Copa do Brasil de 2023 (ou 2024).

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